quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

SAINDO DE CUSCO RUMO A PUNO



 
Naquele mesmo dia nós retornamos a Cusco, saindo da estação de Águas Calientes às 14:30h da tarde e chegando a Cusco às 19:30h, ainda deslumbrados com tanta beleza natural e com os mistérios que envolveram nossa visita à cidade de Machu Picchu.

Altitude máxima do percurso
No dia seguinte, já ansiosos em tomar a estrada, saímos no sentido de Puno, cidade situada ao lado do Lago Titicaca, de uma beleza indescritível.

Montanhas com picos nevados
Acho que já contei a vocês que a Mônica continua viajando com o Haroldo na Hilux e isso acabou sendo um arranjo perfeito, primeiro porque ela não se sente segura na garupa da moto e isso acabaria por atrasar a nossa viagem, principalmente porque o Bidinho é, de natureza, um tanto quanto audaciosa e pisa um pouco a mais no acelerador; segundo porque a presença da Monica ajuda o Haroldo a controlar sua fobia por altitude e aqui tudo o que fazemos é subir e descer montanhas. Já chegamos a 4.800 MSNM e nessas horas tudo o que ela ouve é: Minha Nossa Senhora!! Minhas pernas estão bambas!! E tome-lhe apertar o cinto de segurança. Quase que se auto estrangulando!! Chamamos pra ele para tirar uma foto perto do penhasco e ele nem olhou pro nosso lado. Quando me aproximei muito perto do abismo só ouvi o grito – AMÉLIA, sai daí!!! Enfim, apesar desses momentos, ele esta cada dia mais superando sua ansiedade!! Quem sabe um dia ele se tornará nosso orgulho ??? Pelo menos ele já se candidatou pra próxima viagem, não importa o percurso!!!

Saímos de Cusco no inicio da manhã e seguimos rumo a Puno onde pretendíamos chegar até o final da tarde. No percurso nada de tão extraordinário ocorreu até chegarmos a Juliaca, cidade onde o Abdiel quebrou a perna 4 (quatro anos) atrás. Como somos pessoas de muita sorte e por estamos com muita fome, resolvemos parar num lugarejo e perto da carretera (estrada) procuramos um lugar menos horroroso para comer.

Uma beleza deslumbrante
Chegamos num suposto restaurante e pedidos o cardápio, piada né, tudo o que eles tinham era uma sopa aguada, chamada ¨casuelo de ovino¨, puro piche de bode. Os dois Abdiel se deliciaram com a água quente e de quebra ainda comeram cordeiro assado com aji (pimenta) acompanhada de batata assada!!

Difícil foi descobrir onde estava a bendita carne assada. Eu perguntava e a peruana respondia – Já esta echo!! E só depois de muita insistência é que eu descobri que a mulher sentada na beira da estrada com uma trouxa de pano vendia a tal carne. Ela levantou o pano, meteu a mão num bornal e de lá tirou um naco de carneiro assado. Eles acharam o máximo. O Haroldo e a Mônica nem olhavam com nojo e como ela diz – REPUNO (repugnou).

Chegando em Juliaca
Retornamos à estrada e essa abençoada parada nos livrou de uma chuva torrencial de granizo que caiu sobre Juliaca, acumulando mais de 25cm de gelo. Quando chegamos o caos estava instalado. As ruas estavam cheias de água, misturada com o gelo e muitas pessoas limpando as calçadas e outras tantas transitando pelas ruas. Foi terrível atravessar a cidade, principalmente, porque as ruas são estreitas e cheias de Tuc-Tuc cujos motoristas não respeitam ninguém e atravessam as ruas de qualquer maneira.

Nessa confusão o Bidinho foi abordado por um nativo que manejava um tuc-tuc e que reclamava que havia sido abalroado pelo Haroldo que nem percebeu o que tinha acontecido. O rapaz muito nervoso queria uma reparação de danos que ele avaliou em $ 50,00 (cinqüenta soleis), moeda peruana.

Atravessando o caos 
Pra poder resolver o impasse o Bidinho propôs que se retirassem da área tumultuada e fossem para um lugar mais tranqüilo fora daquele burburinho. Naquele momento o suposto infrator já era um fugitivo junto com a Mônica. Chamado a responsabilidade se negava a acreditar que tivesse feito aquilo.

Bem, tudo terminou com uma indenização de $ 20,00 (vinte soleis) levado a efeito pelo Bidinho que depois vai entrar com uma ação de regresso contra o Haroldo. Kk

Quando estávamos nos aproximando de Puno tivemos uma visão da cidade do alto da montanha que nos permitiu visualizar a conjunção da cidade com o lago Titicaca que nos deixou embevecidos, em suma, sem fôlego diante de tanta beleza e também por causa da altitude.


Chegando em Puno
Enfim, chegamos a Puno no final da tarde e o Abdiel contratou um tuc-tuc para nos levar ao Hotel onde estivéramos antes, há 2 anos, quando voltávamos de Lima (Alex, Alexandre, Abdiel, Bidinho, Everson e eu). Como não nos lembravam do nome do Hotel e só sabíamos que ficava a beira do lago, saímos seguindo o taxista que a principio pensou se tratar do Hotel Imperial e no meio do caminho, subindo a ladeira, nós avistamos o Hotel que queríamos – SONASTA HOTEL – e o líder, num movimento brusco, entrou na estrada que levada ao saguão do Hotel e nem tivemos tempo de avisar o pobre do rapaz do tuc-tuc.

Chegamos a buzinar e dar sinal de luz, mas ele não percebeu e assim, suponho que quando olhou para trás estava sozinho e embasbacado com tanta proeza desses ״brasileiritos" em fugir de pagar a corrida. Coitado, esta até hoje procurando por nós!!!

Saindo para jantar
No dia seguinte, o Bidinho e a Mônica foram visitar a população (Urus) que vive sobre as águas do lago Titicaca (ilhas flutuante feitas sobre juncos) e nós (Abdiel, Haroldo e eu) ficamos curtindo o Hotel e colocando nossos assuntos pessoais em dia.

O Bidinho e a Monica retornaram as 11h da manhã e nós já estávamos prontos para partir com a pretensão de chegarmos a Tacna (fronteira com o Chile) e o máximo que conseguimos foi chegar a Moquequa, ainda no Peru.

Amanhã detalhamos nossa aventura até Moquequa!!!

Beijos a todos que nos acompanham.

 

 

Um comentário:

  1. Gente, me acabei de ri, com a proeza do líder, quando encontrou o hotel; com o coitado do condutor do tuc - tuc que está a procura de vocês; e com as proezas do prof. Haroldo. Muito bom!
    Gostei de ver que o Bindinho e a Mônica estão sempre aproveitando para conhecer melhor os lugares. Como sempre, lindas fotos. bjs e Deus abençoe.
    Anísia

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