sexta-feira, 1 de março de 2013

A CAMINHO DE ASUNCION – PARAGUAY



Conforme meu último relato, chegamos a San Salvador de Jujuy, única cidade da Argentina onde pernoitamos. Em outras palavras, a Argentina serviu apenas de corredor para o nosso objetivo maior que era retornar a San Pedro do Atacama.
Chegando em Jujuy
As horas que antecederam nossa chegada em Jujuy foram as últimas percorridas na Cordilheira dos Andes e uma das mais bonitas.
A partir daí acabaram-se as montanhas e seus mistérios e o que tínhamos pela frente era apenas retas, que após algum tempo se tornavam monótonas. O que ainda despertava nossa atenção eram as enormes plantações e/ou pastagens que se estendiam no horizonte a perder de vista.
Ultimas visões da Cordilheira dos Andes
Nosso objetivo era chegar a fronteira com o Paraguay, que ficava na cidade de Clorinda – Argentina e onde estivemos a dois anos  quando fomos para conhecer Pucon e que à época já não nos deixou uma boa impressão. Naquela ocasião a moto HD estava quebrada e a seguradora nos transportou até a fronteira com o Paraguay e lá nos deixou, no meio da madrugada e nas mãos de uns mercenários e corruptos servidores públicos paraguaios.
Em razão dessa experiência estávamos apreensivos com a possibilidade de novo achaque e, não deu outra, pareciam abutres e nos cercaram de todos os lados.
Difícil traduzir a beleza desse lugar
Nos guichês da Argentina não houve nenhum problema e rapidamente nos liberaram, carimbando nossos passaportes. Agora, no Paraguay, seria melhor nem tecer comentários mais é impossível deixar de relatar a sensação de revolta diante da postura desses cidadãos.
Lembram do documento da BMW (original) que o Abdiel não sabe onde colocou? Pois bem, em todos os outros países isso não foi problema, contamos com a compreensão de todos (Peru/Chile e Argentina) e claro que isso não se repetiu no Paraguay, pelo contrário, serviu de mote para a já corriqueira cobrança de propina. Para evitar dor de cabeça isso custou $ 50,00 (cinqüenta dólares).
Encerrando mais uma maravilhosa aventura
Aparentemente o problema estava resolvido! Ocorre que o Bidinho quando esteve naquele País em 2010 não se preocupou em procurar uma Aduana Paraguai para carimbar o passaporte e mais uma vez ficamos na mão desses m.....!!
Não havia explicação que os convencessem de que ocorreu apenas um lapso e que o Bidinho não estivera vivendo naquele País por dois anos e de forma ilegal. Eles, mostrando a lei do País aplicaram uma multa, correspondente a $ 40,00 (quarenta dólares), que na moeda local seria $ 194.000,00 (cento e noventa e quatro mil guaranis).
Tocando as nuvens
Sem maiores alternativas o jeito era pagar! Até ai, tudo bem, o problema era que eles não queriam dar nenhum recibo que comprovasse o pagamento e o Bidinho dizia – Pago o que for preciso, mas quero recibo!! Um olhava para o outro e dizia – Faça o recibo para o rapaz e, nenhum dos dois se prontificava a preencher qualquer documento.
Em determinado momento um deles me chamou e disse que já havia feito a correção no sistema e enquanto mostrava a tela abriu uma gaveta e me disse para deixar lá o valor da multa. O Bidinho chegou na hora e disse – OK, o dinheiro vai ser colocado, agora quero o recibo!!
Como o impasse não chegava ao fim, um dos servidores resolveu levar o Bidinho para outra Aduana próxima, onde o Chefe deles poderia fazer o recibo.
Ficamos apreensivos esperando pelo retorno do Bidinho e do funcionário porque tínhamos medo dele ficar preso lá. Depois de algum tempo eles retornaram e liberaram a nossa entrada do País.
Já em Asuncion é que ficamos sabendo que o Bidinho peitou o Pessoal da Aduana e se identificou como Advogado e que sem recibo não poderia haver pagamento e que, conforme regra do MERCOSUL os brasileiros que transitam por esses Países não precisam apresentar passaporte, podendo ir e vir apenas com a carteira de identidade, portanto, aquela exigência era infundada.
Parando para o repouso e chegando os pneus
Diante de tantos argumentos, decidiram dar um desconto de 50% que foi radicalmente rejeitado pelo Bidinho – Não, pago tudo (100%) e com recibo!!!
Enfim, depois de muitas discussões decidiram por bem deixar como estava e ele foi liberado de qualquer pagamento e assim seguimentos em frente. Ele, feliz da vida por não ter se curvado àqueles urubus de quinta categoria. E pensar que na minha veia corre sangue paraguaio!!!   Fazer o que??
Seguimos para Asuncion e durante todo o trajeto fomos parados por outros policiais e, com a Graça de Deus, nenhum nos perturbou, pelo contrário, foram educados e prontos para nos dar as informações que precisávamos. A vida é assim, tem suas compensações!! Mas que safadeza tira a gente do sério, isso é fato!!!
Pneu desgastado e pronto pra estourar
Chegamos a Asuncion no meio tarde e fomos nos hospedar no Íbis Hotel que fica em frente ao Shopping Del Sol, muito bonito e prazeiroso, onde fomos jantar. Logo que chegamos á cidade o Abdiel, Bidinho e Haroldo foram a loja da HD levar a moto para consertar e no final daquela mesma tarde ela nos foi entregue, pronta, lavada e disposta a continuar rodando!!!
No dia seguinte, por decisão do Bidinho, nós nos separamos. Ele foi para Foz do Iguaçu e de lá para Cascavel-PR para visitar os tios da Mônica e nós seguimos conforme o combinado anteriormente – Ponta Porá, onde passamos a noite.
Preparando para subir a moto
Outra decepção, lá os preços também não estavam tão melhores! Compramos as lembranças pra família, pois difícil é chegar sem nada para alegrar a molecada e deixamos pra outro momento a aquisição de produtos mais elaborados, já que no Brasil podemos parcelar.
Já o Abdiel planejando a próxima viagem comprou dois capacetes SHOEI, na cor vinho para combinar com a minha boroca (bolsa de motociclista) que vai pendurada na lateral e contendo coisas emergenciais.
Comprou, a pedido, um Iphone para a Mãe Ju, um kit de maquiagem para a Laide e 2 litros de wisky para o genro arquiteto dele (Leandro) e outras cozitas mais....
Saímos no dia seguinte com destino a Coxim, já que a revisão da HD houvera sido feita em Assuncion e a nossa amiga Irma não estava em Campo Grande, pois fora ao RJ assistir Elton John.
Inúmeras plantações ao longo da rodovia
O Bidinho ficou triste porque queria que nós o esperássemos em Campo Grande para passar o aniversário deles juntos, mas como queríamos ganhar tempo seguimos em frente e ele acabou ficando em Cascavel por mais um dia e depois embarcou a Mônica com destino a Cacoal e seguiu sozinho de volta pra casa. Isso me deixou muito angustiada e preocupada com a segurança do meu filhotinho.
Até agora ele esta bem e eu estou rezando para que ele conclua sua meta com sucesso!!!
Por hoje é só.
Beijos a todos.

SAN PEDRO DO ATACAMA E SEUS VULCÕES




Chegando em San Pedro do Atacama 
 Chegamos a San Pedro no cair da tarde e aproveitamos para descansar um pouco, porque logo à noite sairíamos para jantar e dar uma volta pela cidade. A peculiaridade desse lugar é algo realmente impressionante. A cidade se confunde com o deserto e entre outras coisas, talvez seja por isso que pessoas do mundo inteiro, em especial os jovens – entre 16 e 20 anos lotam suas ruas e espalham alegria em vários idiomas, nos deixando a sensação de que deveríamos falar mais do que uma ou duas línguas e assim participar mais ativamente da vida deles.
Passeando pelas ruas da cidade
Andamos por suas ruas e visitamos as suas lojas e agências de turismo e assim marcamos um pacote para o dia seguinte, onde fomos conhecer os lagos salgados, onde flutuar é brincadeira e, também,  os dois olhos de águas salobras, que depois eu volto a falar.
Almoçando em frente a Praça de Armas
Feito o combinado, fomos jantar num restaurante onde um grupo de jovem se apresentava com músicas típicas e onde saboreamos um excelente jantar. Um detalhe, mesmo onde a democracia parece estar acima de qualquer preconceito, o capitalismo dita, naquele pontinho de mundo, as suas regras. O grupo de jovem que cantava as belezas regionais o fazia clandestinamente, tudo porque se negavam a pagar qualquer percentual do que ganhavam ao Estado e, portanto, proibidos de se apresentar onde quer  que fosse. Assim, de repente, no meio da apresentação, eles pararam abruptamente, se sentaram atabalhoadamente e com olhar cheio de medo espreitavam a porta de entrada do restaurante. Passado o susto, voltamos a apreciar o espetáculo da molecada!! Lindo!!!
Fazendo novos amigos
No outro dia, depois do café da manhã, saímos para passear e visitar alguns pontos turísticos e almoçar no restaurante localizado na Praça das Armas. Tudo muito agradável!!
Depois, no período da tarde, fomos conhecer os lagos e os dois olhos de água. Sinceramente, valeu a pena. Os lugares são realmente lindos e os jovens, tais como o Bidinho e a Mônica, aproveitaram para tomar banho e usufruir do lugar.
Depois do banho os guias prepararam um lanche a céu aberto e ficamos esperando o entardecer para apreciarmos o pôr-do-sol e, acreditem, foi fantástico!! O Abdiel encheu a cara de Pisco Sour (bebida alcoólica típica daquela região) e com a sensibilidade aguçada se emocionou com o espetáculo da natureza!!
Ao redor do lugar havia inúmeros vulcões, aproximadamente uns 40, alguns em atividade e com o pico coberto de neve!! Romântico!!!
Um homem perdido no deserto
Enfim, voltamos a San Pedro do Atacama e nos preparamos para recomeçar a viagem logo pela manhã do dia seguinte.
Saímos nas primeiras horas da manhã, com destino a ״Passo Jama״ , antes, porém, não posso deixar de mencionar que para não perder o vicio, a saída foi tumultuada porque o Haroldo e a Mônica se perderam pelas ruelas da cidade e nos deixaram desnorteados sem saber onde procurá-los. Depois de buscá-los nas duas saídas conhecidas e já sem saber o que fazer, o Bidinho resolveu perguntar a uma pessoa do local onde era a saída para Passo Jama e seguimos para lá.
Temperados com o sal do deserto
Adivinhem quem estava na fila da Aduana feliz e satisfeito?? Os dois ocupantes da Hilux – Haroldo e Mônica – e os outros panacas (Abdiel, Amélia e Bidinho) suados e nervosos chegamos atrasados e com vontade de ....... não fazer nada!! Aproveitamos e nos juntamos ao grupo e não perdemos muito tempo para fazer o check-out do Chile.
Um mergulho no olho d´agua salobra
Assim deixamos para trás mais um País, agora iniciávamos nossa travessia pelo norte da Argentina, em região para nós ainda desconhecida. Como disse anteriormente, já havíamos atravessado a fronteira no Cristo Redentor, onde cruzamos a Cordilheira dos Andes e chegamos a mais de 4.000m de altitude (Aconcaguá) e depois, em outra oportunidade, em Angostura, indo para Pucón, visitar o vulcão Villa Rica que estava em atividade.
Romance ao entardecer
Desta feita, a viagem foi bem emocionante e em determinado momento estivemos a quase 5.000 m de altitude, com paisagens de tirar o fôlego e com uma temperatura de 2ºC. Alguém lembra a expectativa da primeira t.... , é mais ao menos assim, ansiedade, palpitação e... de repente a realidade!! As vezes magnífica outras nem tanto. Desta vez valeu a pena!!
Como não conhecíamos a região decidimos que tentaríamos chegar até San Salvador de Jujuy, uma das maiores cidades apontadas pelo Google e no trajeto tivemos o prazer de descer montanhas dignas de cartão postal. Diferentemente dos outros lugares elas se apresentavam com cores variadas, do verde das matas ao vermelho escarlate das encostas, com recortes matizados das rochas!! Ufa, essa foi de tirar o fôlego!!
A caminho da Argentina
E, novamente, para não perder o hábito e por Graça do Divino, faltando poucos quilômetros para chegarmos à cidade, decidimos (Eu e o Abdiel) parar à beira da estrada e esperar a Hilux que, dirigida pelo Haroldo com receio dos abismos, descia lentamente. Nesse momento o Bidinho se aproximou e ao estacionar à nossa frente chamou a atenção do Abdiel que o pneu da moto estava demasiadamente desgastado e isso era muito perigoso.
Desempenho e rapidez
Não entendemos porque isso aconteceu, mais decidimos reduzir consideravelmente a velocidade e nos mantivemos a 80km/h e de olho no retrovisor para acompanhar o Bidinho. Isso não demorou 30m e ele já encostava a moto na beira da estrada, seguido da Hilux. Voltamos e, não deu outra, o pneu estourou e só não aconteceu nada porque, casualmente paramos para descansar e esperar o Haroldo. Coisa de Deus!!!
Só assim....
Colocamos a moto na carretinha e, por incrível que pareça, com uma rapidez inigualável, acho que pela experiência anterior. O Haroldo logo chegou com sua bolsa vermelha e dela retirou um par de luvas dignas de um mecânico e todos juntos colocamos a moto encima e chegamos, finalmente, em San Salvador de Jujuy, onde passamos a noite e logo pela manhã seguimos para Asuncion-Paraguay, para levarmos a moto numa loja especializada da Harley Davidson. Isso é uma nova história!!!
Por hoje é só. Amanhã eu conto os detalhes desse trecho da viagem!!!
Beijos a todos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ENTRE AS ÁGUAS DO PACIFICO E O DESERTO DO ATACAMA



Caminhos do Chile
Como disse a vocês, chegamos a Iquique - Chile no final da tarde, não sem antes percorrer um dos trajetos mais bonitos do percurso. As montanhas Andinas sempre serão um deslumbramento a cada segundo. A imensidão do deserto nos leva a reflexão e a nos sentir pequenos diante da natureza.
Faltando poucos Km para chegar na cidade a moto do Bidinho ficou sem gasolina, mais como somos previdentes tínhamos uma reserva técnica que foi muito bem aproveitada.
Abastecendo a moto
Vocês lembram do dia que aqueles peruanos m.... (carnaval) me jogaram espuma de sabão? Pois é, a lenta da máquina ficou com mancha e eu como sou amadora não percebi e continuei tirando foto e todas saíram com mancha. Acabei comprometendo a qualidade das imagens.
A cidade é linda e fica a beira mar. Assim como da outra vez, chegar em Iquique nos fez sentir como Siri, o bichinho que fica entre o rochedo e o mar. Em toda a cidade há avisos de que ¨Em caso de Tsunami a direção para evacuar é a montanha¨. O problema é que não tem escada, nem elevador e só resta a vocês escalar ou ficar no pé dela e esperar a onda!!! Arrepiante!!!
Os caminhos da aventura
Tirando esse desconforto, a permanência em Iquique foi bem agradável, passeando a beira-mar, levando roupas para lavanderia e indo as compras na Zona Franca, que aqui se chama ZOFRI. É importante dizer que essa empreitada foi um fiasco!! Nada de interessante para comprar e os preços nada atrativos. Valeu pelo passeio.
Enfim, retomamos a estrada rumo a San Pedro do Atacama e atravessamos o deserto que, na maioria do percurso apresentava uma temperatura bem agradável. Optamos em percorrer a costa do pacifico no trecho em que foi possível aproveitar esse visual imperdível, onde o mar e o deserto se abraçam!! (entre Iquique e Tocopilla).
Chegando em Iquique
Vocês acreditam que no percurso para San Pedro decidimos parar num lugar bem aprazível para podermos descansar e esticar as pernas e, como durante toda a nossa viagem, sempre que possível, colocávamos decalque do nosso grupo e nesse dia não foi diferente, de repente, olhando os demais, me deparei com o nosso decalque colocado em 2009 e achamos isso emocionante. Eu não me lembrava de que já havia estado ali!! (Nessa época a composição era – Abdiel, Amélia, Anie e Jair).
Rever é viver duas vezes
Retornamos à estrada e próximo do meio-dia resolvemos parar para almoçar em o Calama, cidade que fica a meio caminho (105 Km) de San Pedro, onde nos surpreendemos com a comida. O Abdiel pediu uma sopa de marinada (frutos do mar) e também um pastel que pensávamos que fosse pequeno – era quase um almoço. Ainda bem que o Abdiel e eu nos comprometemos de sempre compartilhar o nosso almoço e assim reduzir o consumo de calorias. Tem dado certo, estamos mantendo o nosso peso ou quando muito engordando menos.(rs,rs,RS)
O meu líder 
Um mundo de sensações
Antes que eu me esqueça – Até agora, durante toda a nossa viagem, o Haroldo vem treinando como cair e nesse dia não foi diferente e ele só não aterrissa porque sempre tem alguém por perto, ou o Abdiel ou o Bidinho que, por sorte, sempre conseguem evitar a queda, com exceção do inicio da viagem, na fronteira com o Peru, quando ele carregava um monte de garrafas de água e com a queda elas saíram rolando no asfalto.
Ainda de pé e saudoso
Desse jeito a Dona Regina vai acabar nos processando por descuido com o seu marido!!! Justiça seja feita, já estamos criando um afeto especial pela Laura e pela Ana Carolina de tanto que elas são lembradas a cada nova paisagem!!! O cara é realmente apaixonado!!
Um chamego nunca é demais
A ânsia e o desejo de rever San Pedro enfim foi aplacado. Chegamos à cidade onde desfrutamos momentos bem agradáveis e que depois relato a vocês. Não obstante o prazer de rever a querida San Pedro, a excitação maior era ¨Passo Jama¨ que fica a 5.000 de altitude. Explico, já cruzamos a fronteira entre o Chile e a Argentina, em Angustura, quando fomos a Pucón, conhecer o vulcão em atividade chamado Villa Rica, depois, em outras oportunidades, no Túnel do Cristo Redentor que fica entre Mendoza - Argentina e Santiago do Chile.
Beijos a todos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

DO LAGO TITICACA ÀS ÁGUAS DO PACIFICO

O céu com nuvens espessas

Foram necessários dois dias para que vencessem esse desafio. Saímos de Puno as 13h com a intenção de dormirmos em Tacna já que pelo Google a distancia seria de 379 KM e pelos nossos cálculos chegaríamos ao anoitecer.
Belezas da Natureza
Ai começou o nosso problema, justo na saída. Para não perder tempo o Abdiel fez como de sempre, contratou um tuc-tuc para que o condutor nos mostrasse a saída da cidade em direção a Tacna, cidade que fica na fronteira com o Chile.
Aparentemente isso foi feito e partimos confiantes que cumpriríamos nossa empreitada conforme o programado. No trajeto buscávamos a indicação para Tacna e só encontrávamos para Desaguadero, essa bendita cidade que já havia ficado em nosso subconsciente depois que tivemos que nos hospedar nesse pedaço do fim do mundo há quatro anos quando ficamos sem tempo para prosseguir, já que passavam das 19h e a temperatura estava tão baixa que a água congelava nas torneiras.
Carnaval peruano
Foi uma experiência horrível na época, mas, hoje parecia nos indicar que estávamos no caminho certo. Durante o trajeto pudemos observar que o povo peruano estava em festa e nos disseram que se tratava do carnaval deles. Muito esquisito se comparado ao nosso. Eles se vestem com roupas tradicionais, tocam tambores e dançam no meio do nada, ou seja, no campo aberto. Jogam água uns nos outros e também espuma de sabão que, infelizmente, tivemos o desprazer de provar, não sem antes colocar em risco as nossas vidas.
Quando nos aproximávamos de um desses lugarejos um grupo de rapazes e moças, que estava num lugar mais alto, tipo um morro, se posicionou e começou a nos acertar com uns balões de aniversário (bexiga) cheios de água que bateram em nossos capacetes e nossos corpos com tanta força que, por pouco não fomos ao chão.
Carnaval peruano
Transcorremos alguns quilômetros e, de repente, no meio da rodovia, longe da cidade, havia uma multidão de gente, toda fantasiada, que dançavam no acostamento e no meio do campo de pastagens. Reduzimos a velocidade e quando passamos por eles fomos atingidos com uma quantidade imensa de espuma de sabão que cobriu os nossos capacetes, impedindo a visão. Para eles isso era uma festa!!! Tive vontade de matá-los!! Mas como não queria ficar presa nessa terra de doido, deixei a vontade passar.
Quando, finalmente, ultrapassamos Desaguadero vimos uma placa que indicava a direita Puno e a esquerda Tacna, distante 440 Km. Ficamos pasmos diante disso!!! Só então percebemos que tínhamos tomado a Ruta (carreteira) errada e que rodamos mais de 300Km fazendo uma volta desnecessária.
Começando o deserto
Já passava das 16h e sabíamos que Tacna não seria nosso destino final nesse dia. Optamos então em dormir em Moquequa, a maior cidade encontrada entre esses dois pontos. O que não sabíamos era que teríamos que subir as montanhas até 4.800 MSNM e que estaria chovendo e com muita neblina.
Antes, porém, tivemos que parar numa barreira de fiscalização da policia peruana e para nosso desgosto fomos abordados e informados, com a cara mais lavada do mundo, que havíamos cometido uma infração de transito e que não poderíamos prosseguir se não pagássemos uma multa de $ 400,00 (quatrocentos soleis) para os peruanos, mais como éramos estrangeiros o valor seria de $ 400,00 (quatrocentos dólares).
Policiais que honram suas fardas
Não adiantava argumentar, ou pagávamos ou os veículos seriam retidos por tempo indeterminado. Sem ter outra saída, nos restou mostrar a eles que tudo o que tínhamos era $ 200,00 (duzentos soleis) e R$ 300,00 (Trezentos reais) que, depois de muita discussão, acabou sendo aceito pelos sacanas corruptos.
Depois desse assedio financeiro, começamos a subir a montanha. O dia já estava indo e a noite se aproximava rapidamente, com um céu carregado de nuvens espessas.
Com muita dificuldade e muita tensão conseguimos atravessar essa parte dos Andes debaixo de muita neblina e chuva, com a temperatura chegando a casa dos 2˚C.  Já perto da cidade encontramos uma nova barreira policial, só que desta fez foi maravilhosa a forma como fomos recebidos pelos policiais. Eles, não só nos receberam com muita educação como disponibilização o banheiro privativo deles para que pudessemos fazer uso.
Cansados de procurar os documentos
Conversamos um pouco com eles e soubemos, então, que há 2 (dois) anos existe uma nova rodovia saindo de Puno a Tacna e que reduz a distancia em mais de 3horas. Isso fica para a próxima viagem!!!
Essa noite dormimos em Moquequa e na manhã seguinte, bem cedo, seguimos para Iquique-Chile, não sem antes passar por Tacna e depois de percorrer 40Km, já perto de Arica-Chile tivemos que enfrentar as duas Aduanas e todos os seus protocolos.
Esperando abertura da estrada
Não posso deixar de contar a vocês que quando chegamos a Tacna vimos uma barreira policial e atrevidamente fomos em direção a eles e pedimos informação de como sair da cidade. Eles estavam parando todos os carros e pedindo os documentos exigidos para o transito e quando nos viram vieram todo solícitos nos dar informações que pedíamos e como não compreendemos direito um policial se prontificou em nos guiar até a saída. Foi super legal e ficamos imensamente agradecidos a eles. Isso fez com que desejamos voltar a esse País apesar de alguns contratempos.
Policial nos escoltando em Tacna
Chegamos próximo do meio-dia nas Aduanas e antes de atravessar a fronteira resolvemos almoçar no restaurante do local que, a pedido do Bidinho, permitiu que pudessemos usar o local que era só de funcionários das duas aduanas.
Na hora do almoço, o Abdiel começou a procurar o documento original da BMW e quem disse que ele encontrou?? Perdemos um tempão procurando em todos os lugares possíveis e quando não tínhamos mais o que olhar ele decidiu que enfrentaria as Aduanas apenas com a cópia do documento.
Foto que levou o Haroldo ao desespero
Por incrível que pareça isso não foi o problema, eles aceitaram naturalmente o documento apresentado. Ai começou o outro problema – A aduna peruana exigiu a apresentação de um documento que foi preenchido quando da nossa chegada no país, lá na cidade do bife aparado com a mão que o Haroldo comeu. Esse mardito documento se chama SUNAT .
Chegando em Iquiqui
E dessa vez quem pisou na bola foi o Bidinho. Não me perguntem onde ele enfiou que eu respondo.... Passamos mais de duas horas procurando!!! Reviramos tudo que estava ao nosso alcance. Até os policiais que estão por perto quiseram ajudar, diante de tanto desespero.
Nos informaram então, que tínhamos que fazer um registro policial pela perda do documento e pagar uma multa de $ 12,00 (doze soleis) e como era domingo isso só poderia ser feito na segunda-feira. Estávamos numa sinuca de bico – Nós, pessoas físicas, já tínhamos dado baixa nos passaportes e já tínhamos saído do País. O problema era a moto e ai, o que fazer???
Iquiqui, uma linda cidade
Acho que os caras da aduana ficaram com pena dos Mané e decidiram nos deixar seguir em frente e assim conseguimos sair do País. Depois de enfrentar a Aduana Chilena, sem grandes percalços, seguimos, finalmente, para Iquique onde ficamos por dois dias.
Amanhã eu conto essa parte da aventura!!
Beijos a todos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

SAINDO DE CUSCO RUMO A PUNO



 
Naquele mesmo dia nós retornamos a Cusco, saindo da estação de Águas Calientes às 14:30h da tarde e chegando a Cusco às 19:30h, ainda deslumbrados com tanta beleza natural e com os mistérios que envolveram nossa visita à cidade de Machu Picchu.

Altitude máxima do percurso
No dia seguinte, já ansiosos em tomar a estrada, saímos no sentido de Puno, cidade situada ao lado do Lago Titicaca, de uma beleza indescritível.

Montanhas com picos nevados
Acho que já contei a vocês que a Mônica continua viajando com o Haroldo na Hilux e isso acabou sendo um arranjo perfeito, primeiro porque ela não se sente segura na garupa da moto e isso acabaria por atrasar a nossa viagem, principalmente porque o Bidinho é, de natureza, um tanto quanto audaciosa e pisa um pouco a mais no acelerador; segundo porque a presença da Monica ajuda o Haroldo a controlar sua fobia por altitude e aqui tudo o que fazemos é subir e descer montanhas. Já chegamos a 4.800 MSNM e nessas horas tudo o que ela ouve é: Minha Nossa Senhora!! Minhas pernas estão bambas!! E tome-lhe apertar o cinto de segurança. Quase que se auto estrangulando!! Chamamos pra ele para tirar uma foto perto do penhasco e ele nem olhou pro nosso lado. Quando me aproximei muito perto do abismo só ouvi o grito – AMÉLIA, sai daí!!! Enfim, apesar desses momentos, ele esta cada dia mais superando sua ansiedade!! Quem sabe um dia ele se tornará nosso orgulho ??? Pelo menos ele já se candidatou pra próxima viagem, não importa o percurso!!!

Saímos de Cusco no inicio da manhã e seguimos rumo a Puno onde pretendíamos chegar até o final da tarde. No percurso nada de tão extraordinário ocorreu até chegarmos a Juliaca, cidade onde o Abdiel quebrou a perna 4 (quatro anos) atrás. Como somos pessoas de muita sorte e por estamos com muita fome, resolvemos parar num lugarejo e perto da carretera (estrada) procuramos um lugar menos horroroso para comer.

Uma beleza deslumbrante
Chegamos num suposto restaurante e pedidos o cardápio, piada né, tudo o que eles tinham era uma sopa aguada, chamada ¨casuelo de ovino¨, puro piche de bode. Os dois Abdiel se deliciaram com a água quente e de quebra ainda comeram cordeiro assado com aji (pimenta) acompanhada de batata assada!!

Difícil foi descobrir onde estava a bendita carne assada. Eu perguntava e a peruana respondia – Já esta echo!! E só depois de muita insistência é que eu descobri que a mulher sentada na beira da estrada com uma trouxa de pano vendia a tal carne. Ela levantou o pano, meteu a mão num bornal e de lá tirou um naco de carneiro assado. Eles acharam o máximo. O Haroldo e a Mônica nem olhavam com nojo e como ela diz – REPUNO (repugnou).

Chegando em Juliaca
Retornamos à estrada e essa abençoada parada nos livrou de uma chuva torrencial de granizo que caiu sobre Juliaca, acumulando mais de 25cm de gelo. Quando chegamos o caos estava instalado. As ruas estavam cheias de água, misturada com o gelo e muitas pessoas limpando as calçadas e outras tantas transitando pelas ruas. Foi terrível atravessar a cidade, principalmente, porque as ruas são estreitas e cheias de Tuc-Tuc cujos motoristas não respeitam ninguém e atravessam as ruas de qualquer maneira.

Nessa confusão o Bidinho foi abordado por um nativo que manejava um tuc-tuc e que reclamava que havia sido abalroado pelo Haroldo que nem percebeu o que tinha acontecido. O rapaz muito nervoso queria uma reparação de danos que ele avaliou em $ 50,00 (cinqüenta soleis), moeda peruana.

Atravessando o caos 
Pra poder resolver o impasse o Bidinho propôs que se retirassem da área tumultuada e fossem para um lugar mais tranqüilo fora daquele burburinho. Naquele momento o suposto infrator já era um fugitivo junto com a Mônica. Chamado a responsabilidade se negava a acreditar que tivesse feito aquilo.

Bem, tudo terminou com uma indenização de $ 20,00 (vinte soleis) levado a efeito pelo Bidinho que depois vai entrar com uma ação de regresso contra o Haroldo. Kk

Quando estávamos nos aproximando de Puno tivemos uma visão da cidade do alto da montanha que nos permitiu visualizar a conjunção da cidade com o lago Titicaca que nos deixou embevecidos, em suma, sem fôlego diante de tanta beleza e também por causa da altitude.


Chegando em Puno
Enfim, chegamos a Puno no final da tarde e o Abdiel contratou um tuc-tuc para nos levar ao Hotel onde estivéramos antes, há 2 anos, quando voltávamos de Lima (Alex, Alexandre, Abdiel, Bidinho, Everson e eu). Como não nos lembravam do nome do Hotel e só sabíamos que ficava a beira do lago, saímos seguindo o taxista que a principio pensou se tratar do Hotel Imperial e no meio do caminho, subindo a ladeira, nós avistamos o Hotel que queríamos – SONASTA HOTEL – e o líder, num movimento brusco, entrou na estrada que levada ao saguão do Hotel e nem tivemos tempo de avisar o pobre do rapaz do tuc-tuc.

Chegamos a buzinar e dar sinal de luz, mas ele não percebeu e assim, suponho que quando olhou para trás estava sozinho e embasbacado com tanta proeza desses ״brasileiritos" em fugir de pagar a corrida. Coitado, esta até hoje procurando por nós!!!

Saindo para jantar
No dia seguinte, o Bidinho e a Mônica foram visitar a população (Urus) que vive sobre as águas do lago Titicaca (ilhas flutuante feitas sobre juncos) e nós (Abdiel, Haroldo e eu) ficamos curtindo o Hotel e colocando nossos assuntos pessoais em dia.

O Bidinho e a Monica retornaram as 11h da manhã e nós já estávamos prontos para partir com a pretensão de chegarmos a Tacna (fronteira com o Chile) e o máximo que conseguimos foi chegar a Moquequa, ainda no Peru.

Amanhã detalhamos nossa aventura até Moquequa!!!

Beijos a todos que nos acompanham.

 

 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

UMA VIAGEM À CIDADE PERDIDA DOS INCAS


Explorando a cidade perdida!!
Depois de um dia inteirinho de vadiagem pelas ruas de Cusco, passeando por suas ruas estreitas, visitando suas igrejas e procurando restaurantes para apreciar uma boa comida peruana, chegou a hora de nos planejar para conhecermos as belezas da cidade perdida.

Canteiro experimental da agricultura Inca
A mistica de Águas Calientes!!
Saímos pela manhã, bem cedinho do hotel e em razão do trem não mais poder fazer o percurso saindo do centro de Cusco, por questões ambientais, tivemos que pegar uma Van que percorreu aproximadamente uns 40 minutos até a estação de trem e de lá seguimos para Águas Calientes onde nos hospedamos. Esse percurso durou mais ou menos 1:40h e que passaram rapidamente pois estávamos encantados com a paisagem, magnífica e encantadora!!
Águas Calientes é um lugar interessante, obviamente, preparada para receber turistas do mundo inteiro. Muitas bugigangas típicas do Peru a preços exorbitantes. Mas, enfim, é divertido subir e descer suas ladeiras, visitar suas inúmeras lojinhas e tomar um bom banho nas piscinas termais.
As revoltas águas do rio Urubamba
Desde que chegamos, uma chuvinha lenta e persistente caia sobre a cidade, deixando-a ainda mais misteriosa. Ao lado da cidade corre um rio caudaloso, violento e com as cores das águas do rio madeira.
Essas águas foram motivo de muita discussão entre os expert no assunto. Abdiel, sem nenhuma dúvida, afirmava que havia peixe que conseguiam sobreviver a tamanha violência e turbilhamento, por outro lado, Bidinho e Haroldo afirmavam categoricamente que nenhuma espécie de peixe sobreviveriam àquelas condições. Depois de uma pesquisa na redondeza o Bidinho e o Haroldo ganham a discussão, realmente, não havia peixe naquelas águas!!
Cuy, uma comida exótica
Como chovia a cântaros, depois de nos acomodar no Hotel Royal In, fomos procurar um lugar para almoçar e o Bidinho sugeriu que fossemos ao mesmo restaurante em que eles haviam almoçado a 2 anos quando aqui estiveram.
Abdiel e eu decidimos comer um tal de Cuy, típica comida peruana, ou seja, um animalzinho muito parecido com prea e que provou não ser essa coca-cola toda. Ele é pequeno e tem pouca carne mas, eu queria conhecer e sentir o sabor. Saímos com fome do restaurante.
A caminho da cidade perdida!!
O Bidinho optou por um Lomo de Alpaca e acabou se dando bem. O Haroldo sempre mais com o pé para trás pediu somente uma salada (ele ainda vai virar um camaleão) e a Mônica que tem medo do desconhecido pediu algo bem básico – frango empanado com batatas fritas e arroz – foi a pior comida que chegou a mesa. Não tinha sabor de nada e o empanado do frango era um ovo mole jogado por cima e que nem frito estava!!! Ela muito irritada desistiu de almoçar, pelo menos ali, e mais tarde, já na companhia só do Bidinho foram a outro restaurante e quando os encontramos no final da tarde ela estava só alegria – barriguinha cheia – comeram macarronada e pizza.
A noite quando estávamos no Hotel esperando o nosso guia se apresentar, decidimos pedir umas pizzas no restaurante em anexo. A preguiça era grande e como a chuva ainda persistia e o frio começava a incomodar, ficamos no saguão conversando e esperando o garçon avisar quando a comida ficasse pronta.
O compromisso com a Empresa era que o guia chegaria ao Hotel às 18h, mas o cabrinha só apareceu às 21h quando já não suportávamos aguardar a sua chegada. Fomos planejar o passeio à cidade perdida que ocorreria no dia seguinte, bem cedinho. Nessa hora a Mônica começou a se mostrar indisposta, com dor de barriga e enjôo e por esse motivo acabou se recolhendo antes mesmo de acabarem as explicações de como proceder nas montanhas. Soubemos no dia seguinte que ela passou mal a noite toda com vomito e diarréia. A peixinha morreu pela boca!!!
Olha o tamanho da mulher (Anisia)
Levantamos às 6h da manhã porque tínhamos que pegar o ônibus que nos levariam à entrada da cidade às 6:45h, isso porque, como o guia nos explicou, tínhamos que passar pela roleta de entrada até as 7:45h, limite de tolerância.
Olha aí a lei do menor esforço
Do ponto onde o ônibus parou até o local de entrada tínhamos que caminhar uns 10minutos mais a coragem da turma não era tanto assim e acabamos pegando um TUC-TUC que foi bem divertido.
Apenas a título de curiosidade, dentro da cidade é proibido fumar e se sentar em locais previamente indicados, e para evitar o descumprimento dessa regra há policiamento constante no local.
Em determinado momento do passeio eis que um cidadão aparece fumando calmamente e, uma vez advertido pelo nosso guia, sorriu ironicamente e continuou tragando seu cigarro e fazendo círculos no ar com a fumaça. Foi preciso ameaçar chamar os policiais para que ele apagasse o cigarro. Adivinhem de onde o cidadão era??? BRASIL!!! Fiquei com vergonha por nós!!! E por ouvir a celebre frase: Tinha que ser brasileiro!!!
Monica antes de desistir da excursão
Retrocedendo um pouco, logo na entrada da cidade a Mônica, que já vinha reclamando de indisposição desde a noite anterior, começou a passar mal e teve que voltar, sem ver quase nada do lugar, a não ser uma rápida visão quando a neblina baixou um pouco.
Do trecho de onde ela voltou até a entrada da cidade ela teve queda de pressão e desmaiou. Foi levada para um ambulatório onde foi medicada e ficou tomando soro, pois já estava desidratada. Depois desse sufoco e muitos medicamentos ela se recuperou e no final da tarde conseguimos voltar a Cusco sem maiores transtornos.
Quem vê tamanho não vê medo!!!
O outro desafio do grupo foi manter o Haroldo conosco até o final da excursão. Ele tem fobia de altura e tinha que se manter sempre afastado da encosta, evitando olhar para baixo. Assim foi possível continuar e como tinha muita neblina a visão geral foi um pouco prejudicada para todos, mais foi fundamental para que ele prosseguisse no passeio. Por incrível que parece ele só não conseguiu chegar ao ultimo ponto da excursão onde era impossível não se olhar para baixo e começar a descida. Ele esta de parabéns, venceu mais um desafio!!
A excursão durou uma média de 2h e, apesar do peruaninho parecer não ser de nada, o menino era bom de história, cheio de artimanhas, com pitada de humor, tornando nossa exploração ao mundo Inca muito agradável.
É impossível descrever a grandiosidade daquela civilização e do quanto eles eram evoluídos, seja na área da astrologia, agricultura, engenharia e outras áreas do conhecimento. O mais surpreendente era a interação do homem ao meio ambiente e às forças da natureza.
Se as gerações que se seguiram tivessem absorvido esse conhecimento o meio ambiente não teria sofrido tanta agressão e não seria preciso gastar milhões de reais para tentar conter tamanha destruição!!
O magnetismo Inca!!! 
O guia nos explicou que aquele santuário aparenta ser o lugar sagrado dos INCAS onde viviam pessoas especiais (físico, químico, espiritual e outros) que se dedicavam ao desenvolvimento de seus potenciais em busca do progresso de seu povo e onde ocorriam os rituais sagrados. Hoje essa cidade é muito visitada por peregrinos em busca da paz, assim como nós, peregrinos aventureiros!!!!
Sendo assim, corre a lenda de que a cidade dos INCAS, onde viviam a maioria das pessoas, ainda se encontra perdida!!!
Boa noite!!!

sa